sábado, 27 de outubro de 2012

Não é para ser um textinho mais bonito ou um verso mais encantador, é só para ser eu e você, é para ser a saudade que a cada dia que passa engole o meu corpo de forma avassaladora, nojenta, impossível. Não me dá chances, oportunidades, não consigo lutar contra. É só vontade de sorrisos, de carinhos, de tapas, de empurrões, é só querer, é só você por perto, eu quero você! Quero momentos únicos, momentos nossos, momentos vividos e os que ainda não vivemos. Está tão longe, procuro feito louca alguma pista, algum passo. Eu quero sentir teu cheiro! E é todo sábado a mesma coisa, a mesma sensação, a mesma imaginação de como era, de como seria, por vezes até acho que a noite insiste em querer te trazer para mim, mas falta teu corpo, teus lábios, teu olhar. Falta teu jeans e sapatos, falta sua camisa amassada, falta teu pescoço com marcas dos meus dentes, falta eu e você, falta nós. Entreguei-me a outro homem, a outro corpo, a outra voz. Entreguei minha carne, meus beijos, menos o meu coração, ele ainda pertence a você. Ele sempre irá pertencer a você, meu amor! Quero amor, quero te chamar de amor, quero nosso amor, quero o seu amor!! Recomeçar é o que precisamos! Preciso de um sangue novo escorrendo pelas minhas veias, preciso da tua intensidade, preciso da nossa música, eu preciso de você e isso não é muito difícil de entender! Vem, amor. Eu tô te esperando, no mesmo local de sempre!

Larissa Linhares

domingo, 21 de outubro de 2012

Amélie era jovem, como todas as outras que se encontravam em teu jardim, mas a pequena moça trazia com si uma única coisa que a lhe deixava diferente das demais. Ela era alma, era carne, era osso e tudo vinha com mais intensidade do que o esperado, as escolhas de teus jardineiros era algo de parar a cidade, todos saiam de suas casas, só para espiar entre as árvores quem seria o grande sortudo da vez e quem não poderia comparecer ao local, em poucas horas já estava sabendo da decisão mais valiosa para a cidade. Amélie despertava atenção, era comparada com as pétalas, por vezes foi despedaçada, cortada e puxada por qualquer jardineiro que agora, por sua vez, não merece um pingo de atenção. As flores conversavam com Amélie enquanto a mesma lia as flores, era uma troca de sentimentos misturados, encantadores, chocantes, apavorantes e por fim, milagrosos! Era sonho, era realidade, era Amélie crescendo entre o verde e azul. Moça que se habitava em uma casa baixa, sem um muro e portão, apenas o jardim enorme, que era porta, janela, céu e terra. Sozinha desde pequena, sorriso de menina quando mulher e apenas era Amélie, mas uma menina que se contentava com morangos, se relacionava com pássaros e via sua família entre os galhos quebrados. Pele branca que por segundos se transformava em morena, em pequenos verões, em verões passageiros. Olhos castanhos por natureza, mas quando eram encarados, se transformava na cor que todos desejavam. Ô Amélie, tu foi a moça dos sonhos, tu foi todas as meninas e mulheres machucadas que viraram pétalas!

Larissa Linhares

sábado, 20 de outubro de 2012

Queria que minhas palavras tortas por algum segundo fizesse um pouco de sentido para você. Queria que minhas linhas não quebrassem mais com um sorriso teu e nem que minha pequena língua se encurvasse com tuas explicações e falas enormes. E com mais um escrito pequeno, eu percebo que foi-se o tempo em que qualquer olhar besta me fizesse respirar, cantar e sussurrar poesias à ti.

Larissa Linhares