domingo, 25 de março de 2012

Eu perdi. Eu perdi toda a poesia que cantava dentro de mim.

A canção mais bonita não é mais sentida por quem a mais queria bem e a dedicava por um momento sua vida e a eternidade. Sinto falta de teus pés sapateando sobre meu estômago e brincando de quase debruçar-se por inteira em minha traqueia. O ritmo era gostoso e às vezes chegava a ser excessivo ao ponto de estourar umas das veias e assim quase causando-me um orgasmo indescritível. Podia sentir-se de tudo, desde as borboletas até o prazer mais desejado do romantismo. Por um instante infinito, era fácil sentir tantos retalhos encaixando-se pela alma tão pobre, mas agora me perdi. Eu perdi você.

Sugou até a última gota que corria em minhas veias e deixou este vazio incomum. Levou contigo minhas poesias e o que de mais belo eu tinha: O amor. Levou sem nenhuma dor a canção que só eu sentia e podia dançar, arrancou de mim a pureza que transparecia em meus olhos e se encharcava nos meus dedos e por fim arrancou a única aliança que ainda mantinha-me ligada a ti e a tudo que um dia fez-me ser eu mesma.

Como eu sinto tua falta, querido. Como eu sinto falta da tua poesia rasgando-me por inteira.

Larissa Linhares.

4 comentários:

  1. vc tem uma forma muito bela de escrever.
    fala com uma sinceridade impressionante
    de um jeito gostoso que faz bem a quem ler.
    parabéns.

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  2. Poetico... gostei!
    Parabéns pelo blog!
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  3. adorei seu blog, e já me tornei seguidora..
    espero sua visitinha no meu Blog
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